Espetáculo de marionetes, O Organista passeia por cenários e personagens históricos de Minas

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Publicado em 18 de julho de 2017

Aleijadinho, Dona Beja, Xica da Silva e Alphonsus de Guimaraens se encontram no palco do Cine-Theatro Central, transformado assim em caminhos históricos da Minas barroca – cenário de O Organista, espetáculo do Teatro Navegante de Marionetes que integra a programação do 28º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga. A apresentação acontece no dia 28 e é um diferencial dessa edição na história do Festival. Destinado a públicos de todas as idades, O Organista conta com 12 marionetes em cena.

De acordo com o ator, diretor e marionetista Catin Nardi – que já produziu para a abertura da novela As Filhas da Mãe e para a minissérie Hoje é Dia de Maria – o espetáculo foi idealizado com o objetivo de ser didático, humorístico, de fácil entendimento e fundamentalmente teatral. O roteiro fala de tradição, através da história de uma família e seu amor pela música, passado de geração em geração, que a leva a uma jornada em busca de uma peça do órgão musical da Igreja da Sé de Mariana, supostamente perdida nos caminhos da Estrada Real. “Desta busca depende a inauguração do instrumento e a manutenção de uma tradição”, revela Nardi, argentino radicado no Brasil desde 1990.

Além dos cenários do passado barroco, a trama focaliza também passagens da vida de personagens históricos de Minas Gerais, como Aleijadinho em Ouro Preto, Dona Beja em Araxá, Xica da Silva em Diamantina e Alphonsus de Guimaraens em Mariana. Segundo o diretor do Teatro Navegante de Marionetes, apresentar O Organista em um festival de música de época como o de Juiz de Fora será uma boa experiência para a própria companhia e para o público especializado do evento: “Vamos brincar com músicas que vão do clássico ao barroco, do contemporâneo ao mais primário. Enfim, esperamos compartilhar um momento teatral e musical bem diferente”, diz.

Segundo Nardi, o Navegante está habituado a se apresentar para plateias grandes como a que encontrará no Central. “Já tivemos a oportunidade de apresentar para públicos de mais de 1.500 espectadores. Com uma boa iluminação e um bom trabalho de interpretação, tudo é possível”, acredita Nardi. Normalmente, porém, a plateia de teatros grandes é limitada e os espectadores são convidados a se aproximarem do palco e ficar de frente para os bonecos.

 

Essência e contenção

Como explica o diretor, no teatro de marionetes “tudo deve ser reduzido à essência, tanto na interpretação quanto na cenografia e na iluminação”. Essa é regra no trabalho com bonecos, sobretudo com marionetes e seus atores-manipuladores. “É fundamental uma interpretação objetiva lembrando sempre que estamos falando de personagens que estão sendo interpretadas com uma necessária contenção, pois o ator-manipulador não pode invadir a cena nem demandar do espectador a atenção na cena que o marionete está realizando. O ator interpreta; o ator manipulador de marionetes interpreta, dribla cenários, pega objetos e bonecos e os troca com os outros manipuladores. Ou seja, é uma aventura que só quem está dentro dela sabe como funciona. O espectador só desfruta do resultado.”

 

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28º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga – O Organista – Teatro Navegante de Marionetes

Dia 28 de julho, às 20h, no Cine-Theatro Central (Praça João Pessoa, s/n – Calçadão da Rua Halfeld, Juiz de Fora, MG)

Classificação: livre.

Duração: 45 minutos

Entrada franca

 

TEATRO NAVEGANTE DE MARIONETES

O Teatro Navegante De Marionetes realiza desde 1994 pesquisas, criação e produção de marionetes de fios, oficinas, montagens teatrais, publicidade, intervenções e produções televisivas com bonecos. Seu diretor, o marionetista Catin Nardi, dedica-se integralmente a essa arte desde 1981. Apresenta e ministra oficinas em festivais, teatros, circuitos culturais e TV. A abertura da novela “As Filhas da Mãe” e a minissérie “Hoje é Dia de Maria 1 e 2”, da Rede Globo, são algumas de suas importantes produções televisivas. Apresenta-se também em seu próprio teatro sediado na cidade histórica de Ouro Preto – Minas Gerais. No local, teatro de marionetes, exposição permanente do acervo próprio e a oficina de criação e construção de bonecos estão abertos à visitação diária.

 

CATIN NARDI

ATOR – MARIONETISTA – DIRETOR

Licenciado em Artes Cênicas. Marionetista, ator-manipulador e diretor do Teatro Navegante – Companhia de Marionetes. Autodidata, dedicado integralmente ao teatro desde 1981, ganhou várias bolsas de estudo em Teatro e Teatro de bonecos: Oficina de teatro da Universidad Nacional Del litoral – Santa Fé – Argentina, 1984 – 87; Oficina do Instituto Latino-americano de Teatro de Bonecos – Funarte, RJ – 1994; Oficinão Galpão, BH, Teatro Galpão – 1998 – 99.

Graduado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto – 2016. Desenvolve em seu próprio espaço cultural pesquisas sobre mecânica, criação e produção de marionetes de fios, montagens teatrais com bonecos, dramaturgia para teatro de bonecos. Realiza oficinas de criação e construção de bonecos para iniciantes e profissionalização de bonequeiros. Dedica-se ainda à publicidade e propaganda, intervenções e documentários televisivos, além de apresentações regulares de seus espetáculos. Radicado no Brasil desde 1990, Catin Nardi participa, desde 1994, com os espetáculos do Teatro Navegante de Marionetes, do circuito de festivais mais importantes de Brasil, Argentina e Itália.

 

Mais informações:

Centro Cultural Pró-Música/UFJF – (32) 3218-0336

Pró-reitoria de Cultura – (32) 2102-3964

http://www.promusicaufjf.com.br/festival/

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