ORIGENS / CONSTRUÇÃO / INAUGURAÇÃO / CINEMA / TOMBAMENTO / RESTAURAÇÃO
O fim de uma era dourada significou tempos menos nobres também para o Cine-Theatro Central, que não escapou ao destino de outros espaços do gênero, afetados pela concorrência crescente de uma novidade de apelo de massas como a televisão. O público de cinema caiu progressivamente nos anos posteriores e, embora ainda fosse palco de apresentações de teatro e música, o Central imergiu num período de abandono.
A situação se agravou no início da década de 80, época de platéia vazia apesar das sessões duplas do tipo filme bom/outro medíocre a preço de ingresso único.
O juizforano não ficou indiferente à situação de seu grande cine-teatro e um movimento de revalorização do espaço teve início com o tombamento do prédio como bem do patrimônio cultural do município, em 1983. A medida lhe atribuía valor histórico e artístico, preservando-o de uma demolição, mas nada podia fazer para resgatá-lo do processo de deterioração a que estava submetido. Grandes artistas nacionais se envolveram numa campanha de mobilização pela recuperação do espaço.
O destino do Central estava em jogo e a palavra-chave para salvá-lo era desapropriação.
A administração municipal, porém, não tinha os recursos necessários para isso. A solução, depois de muitas negociações com a Companhia Franco- Brasileira, então proprietária do cine-teatro, foi a mobilização de lideranças locais no Governo Federal e a aquisição do imóvel pela Universidade Federal de Juiz de Fora, através de recursos do Ministério da Educação, em 1994. Neste mesmo ano, o Central seria tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O desafio seguinte seria a viabilização da completa restauração do Cine-Theatro Central.