Novo diretor do Central, Cacáudio quer ampliar acesso ao teatro

Créditos: Débora Mattos

Publicado em 24 de julho de 2017

Na direção do Cine-Theatro Central desde junho, o professor e músico Luiz Cláudio Ribeiro, mais conhecido como Cacáudio, tem planos de democratizar a ocupação e o acesso ao teatro. “Gostaria de abrir mais o Central para a população de Juiz de Fora, pessoas que talvez não tenham a oportunidade de vir aqui nos eventos que normalmente acontecem”. O professor também pretende inovar nos tipos de eventos realizados no Cine-Theatro, ocupando-o de “formas não convencionais”. Para isso, ele se mantém aberto a sugestões: “A gente troca ideia com alguns amigos, e tem sempre gente com ideias interessantes de como ocupar o teatro.”

Cacáudio, que é doutor em demografia, trabalha há quase 30 anos no departamento de estatística da universidade, mas seus interesses são muito mais amplos. Ele, que durante a infância e adolescência em Santos Dumont tinha grande interesse por música, esportes e ciências exatas, teve dúvidas ao escolher sua faculdade e acabou optando por engenharia, mas não deixou de praticar esportes e estudar música.

Ainda em sua graduação, o professor descobriu duas coisas fundamentais para o futuro de sua carreira: seu gosto pela estatística e pela docência. A vontade de ensinar era tanta que ele comenta que sempre deu aulas para quem precisasse ainda quando estava na universidade. Depois de formado, trabalhou algum tempo como engenheiro, mas sentiu falta de dar aulas, então, em 1987, foi aprovado em um concurso e passou a lecionar estatística na UFJF. Na universidade, seus orientandos são também de diferentes áreas, das ciências sociais aplicadas e da saúde.

 

Música, empolgação e desafio

Apesar de sua grande inserção no meio acadêmico, Cacáudio não deixou a música de lado em momento algum. Cursou Conservatório, estudou violão clássico, e não deixou de explorar novos instrumentos, passando por cavaquinho, contrabaixo, flauta, saxofone e piano. Hoje o professor tem um CD lançado, não deixa de compor novas músicas e participa ativamente do cenário cultural de Juiz de Fora, tocando em diversos espaços.

Com interesses mais do que variados, Cacáudio agora assume a direção do Cine-Theatro Central com muita empolgação. O professor lembra que começou a frequentar o teatro nos anos 1970 – muito antes de sua aquisição pela UFJF, o que só ocorreu na década de 1990 – e ia aos eventos e filmes do Cine Festival, um pequeno cinema que funcionou no segundo piso do Central. Suas melhores memórias no teatro foram em show de Paulinho da Viola e um espetáculo de balé do grupo Corpo, de Belo Horizonte. Luiz Cláudio também se lembra da primeira vez que veio ao teatro depois do restauro: “Entrei, olhei o teatro e, Nossa Senhora, que coisa linda!”

O que não falta ao novo diretor do Cine-Theatro Central é a vontade de fazer. “Gosto de desafios, de coisa nova, sempre chego com ânimo e disposição. Eu não assumiria se não fosse assim.” Portanto, o que se pode esperar dessa nova direção são muitos projetos, novidades, diversidade e arte.

 

Débora Mattos Costa

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