Publicado em 10 de julho de 2018
Com quase 30 anos de história, o tradicional Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga está de volta com o concerto de abertura da Orquestra de Câmara SESIMINAS. A apresentação acontece no palco do Cine-Theatro Central, às 20h, no domingo, dia 22. O Festival, que chega a sua 29ª edição, conta com diversas atrações gratuitas, entre concertos noturnos e vespertinos e oficinas diversas, até o dia 29 de julho.
O maestro Felipe Magalhães, regente assistente da Orquestra, afirma que um viés importante do Festival é o seu caráter de formação de público. “Ainda tem muita gente que não tem contato com a música erudita e essa é uma ótima oportunidade”, convida. A ideia está em consonância com um dos pilares da Orquestra de Câmara SESIMINAS: os concertos didáticos. O objetivo é levar a música erudita à comunidade.
Com uma história de mais de três décadas, a Orquestra conta com mais de 20 músicos e apresenta um repertório camerístico de boa qualidade. Segundo Felipe, a programação para o Festival foi construída de forma a agradar aos mais diversos públicos. “Nós trazemos quatro músicas de estilos muito diferentes: do clássico ao contemporâneo, passando pelo barroco e o romantismo. É um programa pensado para atingir tanto músicos, quanto um público mais leigo”, afirma.
O programa é dividido em duas partes. A primeira tem início com uma peça do Barroco, o terceiro concerto grosso da Opera Sesta do italiano A. Corelli. Na forma de sonata de igreja, a obra apresenta um grande equilíbrio e, diferente do período clássico e romântico, trabalha com um grupo de solistas. Embora o gênero não tenha sido inventado por Corelli, foi através da influência do compositor que ele se popularizou e ganhou sobrevida – tendo seu auge nas últimas três décadas do século XVII, a obra do italiano chegou em um momento em que o gênero perdia força nos grandes centros. Os concertos grossos atingiram um patamar proeminente no Movimento Barroco e serviram de inspiração para as obras-primas de Vivaldi e Bach.
A segunda peça é o Divertimento em Dó maior, K 157, de W. A. Mozart, de estilo clássico da segunda metade do século XVIII. De um dos mais renomados e influentes compositores da música erudita, a obra, originalmente pensada para um quarteto de cordas, será executada pela orquestra de cordas.
A última peça antes do intervalo dá toque nacional ao concerto: Desafio III, de M. Nobre. De autoria de um dos mais celebrados compositores brasileiros, a peça de Nobre representa a contemporaneidade na música erudita. A obra, originalmente pensada para piano e violino, foi transcrita pelo spalla (primeiro violino) da Orquestra SESIMINAS, Elias Barros, para violino solo e orquestra de cordas. A solista será a violinista Laura Von Atzingen.
A segunda parte do concerto retorna a uma linguagem do alto romantismo. A Serenata para Cordas, de Josef Suk, é uma peça em quatro momentos que se afasta da tradicional melancolia que acompanha o compositor. De origem tcheca, Suk viveu durante o século XIX e foi discípulo de Antonín Dvořák. Para o maestro Felipe, essa é a oportunidade de entrar em contato com uma obra pouco conhecida: “É uma serenata muito bem escrita e que nós gostaríamos de apresentar ao público do Festival”, completa.
Concerto de Abertura do 29º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga – Orquestra SESIMINAS – Regência: Felipe Magalhães
Dia 22 de julho, às 20h, no Cine-Theatro Central (Praça João Pessoa, s/n, Centro – Juiz de Fora, MG)
Entrada franca (Os convites serão distribuídos no Centro Cultural Pró-Música no dia da apresentação, de 8h30 às 17h30. Máximo de quatro convites por pessoa)
* Todos os concertos noturnos serão precedidos de palestras ministradas pelo Prof. Rodolfo Valverde (UFJF), com início às 19h, nos mesmos locais das apresentações.
Programa
1ª PARTE
- Corelli (1653 – 1713)
Concerto Grosso em Do menor, Op. 6, nº 3 (10’)
- Largo
- Allegro
III. Grave
- Vivace
- Allegro
- A. Mozart (1756 – 1791)
Divertimento em Do maior, K 157 (15’)
- Allegro
- Andante
III. Presto
- Nobre (1939)
Desafio III (7’)
Transcrição para cordas: Elias Barros
Laura von Atzingen, violino
Intervalo (10´)
2ª PARTE
Josef Suk (1874 – 1935)
Serenata para cordas (30’)
- Andante com moto
- Allegro ma non troppo e grazioso
III. Adagio
- Allegro giocoso, ma non troppo presto
Ficha Técnica
Regente titular: Maestro Marco Antônio Maia Drumond
Regente Assistente: Maestro Felipe Magalhães
Violinos primeiros
Elias Barros (spalla)
Ravel Lanza
William Barros
Vitor Dutra
Laura von Atzingen
Filipi Sousa
Violinos segundos
Simone Martins
Gláucia Borges
Sergio Arraes
Olivia Maia
Olga Buza
Violas
Cleusa Nébias
Gláucia Barros
Alex Evangelista
Claudison Benfica
Violoncelos
Firmino Cavazza
João Cândido
Antônio Viola
Contrabaixo
Thiago Santos
Gabriel Faustino
Gerente da Orquestra
Jussan Fernandes
Arquivista
Judson Menezes
Secretária
Gabrielle Gil
Gerente do Centro Cultural SESIMINAS
Karla Bittar
Supervisora dos Grupos Artísticos SESIMINAS
Joana Reis
Outras informações:
Centro Cultural Pró-Música/UFJF – (32) 3218-0336