Publicado em 08 de dezembro 2022
O Coral da UFJF participa logo mais, no Cine-Theatro Central, da noite cultural preparada para a abertura da primeira edição do Festival Internacional de Cinema e Cultura da Diversidade (Festicidi Juiz de Fora). A partir das 18 horas, o palco desse espaço historicamente consagrado a importantes momentos da arte e da cultura local e nacional traz atrações como a Trupe Circense, recepcionando os convidados da Prefeitura para o evento que tem apoio da Pró-reitoria de Cultura.
O maestro André Pires, ex-professor do curso de Música da Universidade e ex-regente do Coral da UFJF, dirige o espetáculo “O sonho do futuro”, que tem produção de Lilian Gil. O programa apresentado a partir das 18h30 revisita Presciliano Silva (1854-1910), com Pires ao piano. Em seguida, as Bachianas nº 5 – Cantilena, de Heitor Villa-Lobos (1897-1986), traz a interpretação de Michele Flores, com Guto Cimino ao violão.
A programação traz ainda Cânticos de Obaluayé, de Francisco Mignone (1897- 1986) e Dona Janaína, de Camargo Guarnieri (1907- 1993), sobre poema de Manuel Bandeira, com interpretação de Luane Voigan e acompanhamento ao piano pelo diretor do espetáculo. O Coral da UFJF entra a seguir com Olhos coloridos, de Osvaldo Rui da Costa (1952), tendo como regente Ana Letícia Macedo (Sukita). Makamba, Danças Afro-brasileiras, encerra o programa artístico com performance e percussão intituladas O sopro da ancestralidade.
A conferência de abertura do Festicidi está marcada para as 19 horas, com a presença da prefeita Margarida Salomão, tendo como convidados Ugo Soares, do CineFanon; Giane Almeida, da Funalfa; Marcelo do Carmo, do Setur, além de Hassane Mezzine, da Argélia; Júlia Catharine, de São Paulo; Avelin Kambiwá, de Belo Horizonte; Adenilde Petrina, do Vozes da Rua, e Luiz Cláudio Ribeiro (Cacáudio), diretor do Cine-Theatro Central.
Vozes da resistência
Iniciativa dedicada a celebrar a diversidade em toda a sua amplitude, o Festicidi Juiz de Fora traz para o espetáculo de hoje um recorte do concerto “Já que sou, resisto!”, do Coral da UFJF, com a música Olhos coloridos. A regente e coralista Ana Sukita destaca a importância do evento neste momento: “É fundamental dar visibilidade à mulher, ao negro, ao indígena, à população LGBTQIA+ e às pessoas que têm o direito de preservar as características com as quais se identificam”.
A jornalista Laura Castro, uma das veteranas do Coral da UFJF, acredita que o festival vem ao encontro das aspirações do grupo enquanto coro engajado na luta pelo respeito às diferenças e à liberdade de cada um fazer as próprias escolhas em busca da felicidade. “A gente resiste, porque sabe que a luta é difícil. O canto e a arte são nossa contribuição para que esse ideal se concretize”.
Laura fala da importância de participar do Festicidi, atentando para o fato de que o mundo inteiro está voltado para as questões abordadas pelo evento: “Há pessoas, em todo o planeta, que comungam com os mesmos ideais, o que é gratificante para o Coro, especialmente por estar ligado a uma instituição pública e gratuita de ensino, o que reforça a visibilidade dessa bandeira”.
Serviço
Sexta-feira: 11h30 – Inauguração da Aldeia Mundo (Praça da Estação) com a presença do Secretariado da Prefeitura de Juiz de Fora, dirigentes do Movimento Sem Terra (MST), Economia solidária e liderança indígena Kambiwá; 12h – Inauguração da Estação Pernambuco (Museu Ferroviário) com exposição de Pedro de Lima; 12h a 14h – Aldeia Fan Festival – Jogo da Copa – telão com exibição do jogo intercalado com atrações artísticas e musicais na Praça da Estação; 14h a 17h – Sil Andrade, Laura Conceição + Slam de Perif; 17h a 21h – 1ª Mostra de Cinema da Diversidade, no Cine Alameda – Temática Negra e Latina e lançamento nacional do filme “Fanon Ontem, Hoje”, do diretor franco-argelino Hassane Mezine, com comentários do diretor. 21h a 23h30 – Shows com Hugo schetino + Ingoma; 23h30 – Agenda noturna – casa parceira – Estação Cultural, Silvana Marques; Sábado 9h a 12h30 – Oficina de roteiro inclusivo e escrita criativa com a atriz, roteirista e cineasta paulista Julia Katharine, noMuseu Ferroviário; 10h a 12h30 – Seminário Afro-latino-americano-caribenho de cinema e pensamento anticolonial com Renata Dorea; Carlos Reyna (UFJF); Hassane (França) Ugo soares (CineFanon) e Walli Fall (Cinemawon – Martinica), no Anfiteatro João Carriço; 12h a 17h – Show na Aldeia Mundo: Banda Valla, Raultopia, Soul do Meio, Forro Sagarana, As Ruths, Samba de Colher, na Praça da Estação; 14h a 16h – Seminário “Religiões de Matriz Africana e o Acolhimento a Todas as Formas de se Amar-relacionar”, no Museu Ferroviário; 17h às 20h – 2ª Mostra de Cinema da Diversidade – Mostra JF em Trans’e – filmes e documentários com temática LGBTQIA+ com comentários da atriz, roteirista e cineasta paulista Julia Katharine e roda de conversa com os diretores Rodrigo Medsan e Ricardo Martins, no Museu Ferroviário; 20h a 23h – Shows na Aldeia – Eminência Parda + Otto + Muvuka; 23h30 – Agenda noturna – casa noturna parceira. Domingo: 9h a 12h30 – Oficina de roteiro inclusivo e escrita criativa com a atriz, roteirista e cineasta paulista Julia Katharine, no Museu Ferroviário; 11h a 12h – Ato plurirreligioso (ecumênico) – Escadarias da Câmara Municipal; 12h a 13h – Concentração e saída do cortejo com grupos Muvuka e Pisa Ligeiro (grupo de 30 mulheres do MST que tocam com enxadas) + grupos das diversidades. Circuito Parque Halfeld-Aldeia Mundo; 13h a 13h30 – Início das atividades de encerramento da Aldeia Mundo – Falas de agradecimentos, apresentação de dados sobre o evento e divulgação do restante da programação do domingo; 13h30 a 14h30 – Grupo Flora Brasilis; 14h30 a 16h – Sandra Portela e Mamão; 17h a 20h30 – 3ª Mostra de Cinema da Diversidade – Temática indígena. Com a presença de diretores e estudiosos do tema para comentar os filmes, no Museu Ferroviário; 20h30 a 21h30 – Encerramento oficial com entrega dos troféus Capivara de Ouro, no Museu Ferroviário |